17/11/2011 - Parte 2

Capítulo dedicado a Vivi, que me fez ver um erro que estava cometendo na fanfic ! Logo explico qual é, mas tem algo haver com Sara.

Fico encarando sem acreditar no que via, ele que me julgou tanto dentro daquele elevador por estar conversando com o Bernardo agora está com outra em uma balada e não duvido muito estará aos beijos com ele, me afasto de Pedro e vou ao encontro de Bruna, puxo ela sem nem pensar se estava incomodado ou atrapalhando algo.

- Porque você fez isso comigo?

- O que?

- Isso? – aponto para Luan, que estava entregando a bebida a loira.

- Luan aqui? – Bruna dizia surpresa – ele não gosta dessa balada.

- Certeza?

- Absoluta, você acha que eu faria isso? Percebo no seu olhar o quanto você está sofrendo.

- Desculpe!

- Não tudo bem, mas agora o Luan está de palhaçada.

- Deixa quieto, vamos fingir que não vimos ninguém!

- Tem certeza? Quer ir para outra balada?

- Não, vou ficar bem, afinal já estou acompanhada né? – Pisco para ela e aponto para Pedro o menino que dançava

- Então arrasa – ela diz rindo indo ao seu companheiro.

Volto para Pedro dançando, até esse momento não havia tomado nenhum gole de bebida alcoólica, mas para ter coragem para ficar ali tinha que beber, tomo sua bebida e começo a tomar.

- Desculpe ter saído assim – cochicho em seu ouvido.

- Tudo bem – ele diz próximo a mim – Quer uma bebida?

- Uma batida por favor.

- Vou buscar.

Pedro vai rumo ao bar, enquanto eu fico com sua bebida, olho para Daianne estava se divertindo com Bernardo, então algo me faz olhar para Luan, que dessa vez olhava para mim, fico o encarando quando Pedro chega por trás me abraçando e entregando a bebida, pego ela, agradeço a Pedro e quando volto a olhar para Luan ele beijava a loira que o acompanhava. Nesse momento me sinto confusa, olho para o meu parceiro que sorria, parecia não ter percebido nada, Luan ainda beijava ela e dessa vez com pegada, me sinto como se estivesse flutuando e as pessoas falando ao meu redor, até que sem querer alguém esbarra em mim, me fazendo derramar uma pouco da minha batida sobre meu vestido, volto a realidade, Pedro na minha frente sorrindo e Luan lá, aos pega com outra. Percebo então que eu realmente não passei de uma peguete, respiro fundo, olho profundamente para o meu companheiro que logo entende o recado e parti para o beijo, que para ele podia ser uma ação normal mas para mim se chama forças, motivo para continuar sorrindo, ou até orgulho, um orgulho de mim mesma por estar tentando superar e mostrar para Luan que eu sou melhor que ela, mostrar para ele o que ele está perdendo.

Logo após termos terminado o beijo, percebo como é ficar com alguém que não meche com nós, não sentimos aquele gostinho de quero mais, aquela vontade de ter a pessoa grudadinha no seu corpo 24 horas, não sentimos a tremedeira nas pernas, o coração disparando ou até mesmo borboletas no estomago, é como se estivéssemos comendo algo que não gostamos pensando que é o que queremos, é como se estivéssemos comendo toddy para enganar a vontade de comer chocolate.  Olhei para Pedro e dou um gole enorme na minha batida, que estava muito fraca, então passa o garçom perto de nós pego um copo de tequila e engulo de uma só vez, tentando não fazer careta.

- Porque resolveu beber assim de uma hora para a outra? – Pedro perguntava com os seus lábios próximo ao meu

- Deu vontade – digo rindo – afinal vim para balada e não beber não é curtir realmente a noite.

- Falou e disse – ele fala me puxando e me beijando novamente, fecho meus olhos tentando imaginar Luan ali, mas não dava, o beijo tinha sabor diferente – Vio que temos um famoso aqui?

- Sério? Onde?

- Ali – ele aponta para o lado de Luan, que estava aos beijos com a loira, mas nesse exato momento ele termina e fica nos encarando – Ixe eu acho que ele me viu apontando para ele, que coisa feia – ele diz rindo, mas meus olhos ainda estavam em Luan, na minha mente se passavam um turbilhão de coisas, um turbilhão de acontecimentos e momentos inesquecíveis que tive com ele.

- E parece que ele está muito bem acompanhado – digo

- Esse aí é sempre assim, quase todas as baladas que vejo ele ele está com alguma mulher, famoso né? Que aproveita muito bem a fama, enquanto todas querem ele pega, mas nunca vi ele nessa balada.

- Ah vamos mudar de assunto?

- Tudo bem – ele disse novamente me beijando.

Ficamos nessa lábia, eu provocando Luan mas não sei o mesmo pelo lado dele, Pedro até que beijava bem mas não se comparava com o beijo dele, até que olho para o lado de Luan e ele não estava mais lá, nesse momento senti uma tontura, o efeito de álcool começou a parar, volto a realidade, então me afasto de Pedro.

- Já venho – disse confusa.

- Está bem?

- To sim, só vou no banheiro – minto.

Não sei porque mas senti uma vontade de ir em um canto e chorar, como se tivesse perdido meu brinquedo, mas acho que a dor é grande porque tinha certeza onde Luan estava nesse momento, fechado a quatro paredes com aquela loira, só Deus marcando presença nesse momento, sentia ciúmes, vontade de correr impedi-los, uma forte dor no peite, vontade de chorar, de correr para os braços de Luan e jamais sair de lá. Andava depressa, sem ver quem estava na minha frente ou até mesmo quem me seguia quando esbarro em alguém.

- Ei olha para onde anda – ele dizia meio nervoso, mas após dizer reconheço a voz, a voz que quando pronunciou essas palavras fez tudo ao meu redor se silenciar, deixando apenas o som da sua voz tomando conta do local, com um grande eco.

- Desculpe, estou com pressa – digo segura

- Ah você, está me perseguindo garota?

- Eu te perseguindo? Pra que Luan?

- Não sei, porque onde eu vou você aparece.

- Muito pelo contrário, onde eu estou você aparece – digo saindo mas Luan me segurava pelo braço.

- O que faz aqui em Londrina? Você sabe muito bem que eu moro aqui.

- Sei sim! – digo olhando em seus olhos, que me fez se acalmar um pouco – Como você consegue ser assim?

- Assim como? – percebo que falei besteira, tento arrumar mas não consigo achar as palavras corretas.

- Assim, chato, ignorante, e esquecido, se lembra vestibular UEL? – respondo irônica mas minha vontade era de dizer, assim, maravilhoso, lindo, o homem que eu amo.

- Mas vim para balada?

- Ah Luan da minha vida cuido eu ok?

Vou andando rapidamente em uma direção, uma qualquer não sabia onde ia parar, mas me deparo num beco sem saída e quando olho para trás Luan estava atrás de mim.

- Vai lá ficar com sua loira – disse nervosa mas ele nada diz – Ela deve estar te esperando.

- Ela? Uma idiota, acha que só porque ficou comigo nessa balada rola algo a mais, igual uma lá do Rio de Janeiro, uma tal de Natalia, Natalie, algo assim – ele dizia confuso então lembro da reportagem – não sei quantos meses atrás fiquei com ela e agora ela vem procurando mídia, me assustei quando minha assessora me ligou.

- Vai ficar falando de quem pegou é?

-Não, quero apenas... – ele olha para mim e abaixa a cabeça – nem sei porque estou falando com você, que estava até agora se entregando para outro ali, depois fala de mim.

- Lembra das palavras que me disse no elevador? Use-as agora, mas como se eu estivesse lhe dizendo – tento sair mas Luan não deixa.

- Então me diga? Quero ouvir da sua boca, fala tudo aquilo que eu te disse, diga Sara que nunca sentiu nada por mim.

- Luan eu .. – tento falar mas as palavras não sai, sei que seria impossível eu conseguir falar.

- Você o que?

- Eu tenho que ir – digo tentando sair mas ele não deixa.

- Não antes de me falar e me responder, porque chorou naquele elevador?

- Não estava me sentindo bem ok? Estava passando mal, fiquei tonta, achei que ia desmaiar.

- E isso é motivos para choro?

- É quando se tem alguém ao seu lado gritando com você, dizendo coisas que não merecemos ouvir, mas você quer ouvir mesmo da minha boca tudo o que você me disse? Posso encurtar – respiro fundo, lembro de tudo que ele disse naquele programa de Tv que me fez ganhar coragem – Nunca senti nada por você, nunca fiquei chorando pelos cantos igual você achou que eu achava que você fazia, nunca sofri e nem estou sofrendo.

- E porque me bateu aquele dia?

- É como eu te disse, não sou uma qualquer.

- Não é uma qualquer e nunca sentiu nada por mim?

- Senti sim, sentia humildade, simplicidade, mas me enganei – digo me livrando dele mas novamente ele me segurava – Mas que mania em, solta meu braço.

- Não enquanto você não me disser o que sente com isso – ele disse me puxando e me beijando, tirando o amargo do beijo do Pedro em minha boca, aquele beijo encantador, terminando deixando um gostinho de quero mais.

- Nojo – minto, dizendo palavras da boca para fora, enganando meus sentimentos – Ah Luan me esquece – limpo minha boca e saio de perto dele.

Fui em direção a Bruna, disse que ia embora e ela falou que ia me acompanhar, Daianne disse que ia mais tarde deixei ela aproveitando a balada, no caminho Bruna me fez falar tudo para ela e me abri, dizendo tudo o que sinto, tudo que estava guardado, as mentiras, o ódio, a dor, fui o caminho todo chorando, Bruna me entendeu e nada disse apenas que ia ficar tudo bem. Assim que chegamos no hotel, passamos reto pela recepção, nosso quarto tinha duas cama de casal então Bruna dormiria comigo, chegamos tomei um banho e fui assistir Tv logo em seguida Bruna fez o mesmo e acabamos adormecendo assim, mas não durou muito, acordei com fortes cólicas, vou para o banheiro não me sentindo muito bem e nesse exato momento Daianne chega, sem fazer muito barulho para não acordar Bruna, e foi nesse momento que ela me fez prometer que assim que chegássemos no Rio eu iria procurar um médico, pois não era de hoje que eu não venho me sentindo bem.

Bom Kitty logo após de acordamos Marizete buscou Bruna e a tarde pegamos nosso vôo de volta, novamente escrevo no avião, Daianne dorme ao meu lado, mas já estamos chegando no Rio, meu pai me ligou dizendo que tem uma surpresa para mim, estou curiosa para saber.

Beijos! Sara.

Que presente recebi de vocês.

10mil visualizações na fanfic !

Muito obrigada.

Bom como amanha é natal não postarei ok?

Mas posto depois de 8 comentários !!

E novamente.. feliz natal !!

Fiquem com Deus, Kellyane ;*