26/11/2011 - Parte 1

26 de novembro de 2011

Pois é Kitty, estava analisando o rascunho da carta que mandei para Luan e realmente me surpreendi ao ler do que eu falei da vida. Afinal o que é a vida? Tantos significados mas cada um tem sua visão, para uns a vida é simplesmente aproveitar os momentos como se fosse o ultimo, é saber viver, mas para mim a vida é uma caixinha de surpresa, com oportunidades passageiras que raramente volta para trás, com paixões, amores correspondidos ou não, com falhas que ensinam a corrigir grandes erros e com vitórias que nos faz dar um passo a frente para o sucesso. Agora me pego pensando, no sucesso, Luan faz tanto sucesso mas tem vê sua vida como um sucesso? Tem conseguido aquilo que quer, não como profissionalmente mas sim pessoal? E será que terei sucesso nesse passo que resolvi dar ou a vida irá me surpreender? Nesse momento olho para o relógio era exatamente 3 horas da manhã, dou uma leve risada pois lembro de Daianne, olha a hora em ponto e gritava “ah tem alguém pensando em mim, escolhe um dedo?” e cada dedo tinha um nome de uma pessoa, eu sempre sabia qual dedo ideal a escolher, pois o nome da pessoa amada sempre vem em primeiro e sempre estava no primeiro dedo que ela citou os nomes.

Novamente olho para o relógio e começo a sentir o desespero me dominar, começo andar de um lado para o outro, abro o frigobar várias vezes e nada, sentia vontade de chorar, vontade de gritar, de correr para aquele quarto e ficar em seu colo, laça meus braços sobre ele e jamais soltar. Pego uma barra de chocolate e começo a mastiga-la enquanto assistia um filme na Tv, prestava mais atenção no relógio do que no filme, quando me assusto com a companhia tocando.

Nesse momento senti o coração disparando, borboletas no estomago, senti uma vontade de gritar, de correr até a porta, respiro fundo, me olho no espelho pela 20º vez depois que voltei de seu quarto, e abro a porta, tendo uma pequena decepção ao ver que era Dagmar.

- Ah oi – digo tímida.

- E ai conseguiu?

- Hãm?

- Conseguiu colocar tudo lá?

- Ah sim sim – percebo a aflição de Dagmar era maior que a minha.

- E ai?

- Não sei, estou aguardando a resposta.

- Espero que dê certo.

- Eu também – dou risada e fico a encarando, enquanto ela ficava sem jeito, acho que procurava assunto.

- Vou indo então, boa noite e boa sorte.

- Espera, vou te acompanhar até o elevador.

Deixei a porta aberta e contei tudo para Dagmar o elevador era um pouco longe do meu quarto mas não me importava, contei tudo com ela, sobre a música, a carta e até mesmo da moça que apareceu achando que eu era uma fã maluca, ela dá risada e desce. Volto para o meu quarto e nesse caminho olho a hora em meu relógio de pulso, 3:59h realmente Luan não iria mais. No caminho sinto uma tontura, acho que era por causa da enorme decepção, ao chegar fecho a porta imediatamente, e encosto minha testa sobre ela enquanto algumas lagrimas teimavam em cair.

- Sabia que tinha dedo da Dagmar nisso – uma voz sai de dentro do meu quarto, me assusto e olho para a cama, Luan estava sentado na ponta, com as pernas cruzadas, estilo homem, com o braço encima apertando seu pé – Você não ia conseguir entrar no meu quarto tão fácil – ele dá uma leve risada, enquanto eu permanecia paralisada, não acreditando que o via ali.

- Lu.. Luan? – disse admirada, enxugando rapidamente as lágrimas – como entrou aqui?

- Pela porta ué, subi pelas escadas, o elevador estava muito longe e não iria demorar nada subir um degrau, ao chegar vejo a porta aberta, te chamo mas não vejo ninguém, então te vejo lá fora com a Dagmar, resolvo entrar e esperar – ele permanecia tranqüilo, eu ainda estava confusa, ele realmente veio.

- To sem palavras.

- Eu também! Primeiro de tudo, desculpe a demora, é que estava tentando entender as suas palavras, o que a música queria dizer mas entendi, você sentia ódio de mim né? Raiva, rancor, eu te machuquei mas mesmo assim você sabia que você sempre seria a primeira a estender a mão para me ajudar, você queria me esquecer, queria poder realmente me odiar, mas ao contrário de tudo, você me ama – percebo que Luan lutava com as lágrimas – fiquei sabendo que você estava no aeroporto de Pelotas, Juliano disse que te viu, vi também que foi presa, acharam que era minha fã né? – ele ri disfarçando o nervosismo – E como mesmo diz na música, larguei tudo para estar aqui, vivendo no nosso mundo, e a carta? Confesso que me assustei no começo, mas reconheci sua caligrafia, e senti um desespero ao ler suas palavras, uma vontade enorme de vim aqui te abraçar, te dizer palavras bonitas, sinceras mas não conseguia, acho que foi o orgulho não sei, mas ao ver que você disse que iria embora, não pensei duas vezes, não posso deixar isso acontecer – ele se aproxima de mim – eu preciso de você, preciso te ter por perto, me desculpe por ter sido tão medíocre com você, ter agido daquela forma, ter mentido, mas queria te proteger, aquele dia na balada ao te ver com aquele cara, peguei a primeira menina que vi para te fazer ciúmes, eu não ia ficar, fui apenas pegar algo com Bruna mas não sei o que houve comigo, me perdoa? Preciso do seu perdão, preciso da sua amizade, dos seus abraços, das suas palavras – nessa hora Luan chorava, fiquei paralisada enquanto ele me segurava pelos braços e falava essas palavras, nada faço apenas o abraço.

- Te perdôo – falamos juntos, nos afastamos olhamos um para o outro e começamos a rir.

- Eu te perdôo – ele fala – sempre te perdoei e continuo te perdoando.

- Eu te perdôo Lu – falo de cabeça baixa – desculpe por ter duvidado de você, mas prometo acreditar mais em suas palavras.

Novamente ele me abraça, então ele se afasta e liga na recepção, fico sem entender o que ele queria fazer, ele olhou para mim e ri.

- Vamos comemorar – ele fala.

Não demorou muito chegou, uma garrafa de vinho e alguns petiscos, Luan se senta na minha frente abre o vinho e enche minha taça, e assim começamos a beber e a contar histórias, Luan me fez falar tudo o que tinha passado por ontem e me disse de seus ciúmes que sentia, da vez em que me viu lá em São Paulo, e quando eu fui lhe entrevistar, me contou como teve que ser forte, mas queria saber como eu fui atrás dele.

- Simplesmente soube a verdade – disse dando um gole do vinho.

Dei minha palavra de luanet, demorei mas postei!

Eles fizeram as pazes mas será que essa noite irá acontecer algo a mais?

Vinho, os dois sozinhos..

hum, sei não viu!

AGORA SIM..

posto depois de 12 comentários

chega de enrolar vocês né? shushauas

Fiquem com Deus ;* Kellyane