segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

24/12/2011


24 de dezembro de 2011

Surpresas, tristeza, alegria, altos e baixos, essa é a vida, que sempre arranja um jeitinho de nos surpreender. Assim que Luan chegou meu nervosismo aumentou, Giovanna já havia arrumado suas coisas e estava cheia de novidades, ficava contando para Luan que acabou se empolgando com a história e soltou minhas mãos, aproveitei a situação e peguei meu celular


“ Saudades da sumida aqui? Seu problemas acabaram kkk’ estou chegando com Luan, por favor me avise papai ta de bom humor?”


Mandei para Daianne com esperança que ela já esteja acordada, demorou um pouco e quando estávamos chegando no aeroporto recebo a mensagem de volta.


“Obrigada por me acordar, saudades? Quem disse? To é triste (brincadeirinha sabe que eu te amo né?) Então papai ta super de bom humor, adivinha quem fez o café? Ele, pode ter certeza, que sorte em...”


Dou risada, quando papai faz café quer dizer que tudo está bem, e que sua felicidade está maior ainda.


“Então segura a fera assim que já estamos chegando”


Dou risada e guardo meu celular, finalmente Luan volta sua atenção para mim, ele olha para mim e fica me encarando tentando ler meus pensamentos apenas com o olhar, Giovanna entra em seu jatinho enquanto caminhávamos de mãos dadas mas sem tocar nenhuma palavra.

- Estamos correndo um risco – cochicho em seu ouvido

- Estamos? Do que?

- De alguém nos ver andando aqui de mãos dadas, to só vendo saindo em todos os sites de fofocas.

- Problema não

- Claro que tem, eu sei muito bem a promessa que você fez para suas fãs..

- Mas ainda não estamos oficialmente juntos – olho para ele sem entender – tenho que pedir a permissão do sogrão – ele aperta meu nariz e me dá espaço para entrar

- Essa é a parte difícil – digo logo após ele entrar em seu jatinho

- O que? – Giovanna se intromete na conversa

- Conquistar o pai dela – Luan responde

- Ah ele é de boa

- Ah é? – Luan olha para mim

- Mas você sabe o que aconteceu né amor?

- Mas vou mostrar a ele que posso te fazer feliz – ele fala me dando um beijo

No caminho Luan volta a conversar com Giovanna dessa vez o assunto era meu pai, ele queria saber seus defeitos, seus ódios, uma vez ou outra respondia no lugar dela, mas Luan dizia que era melhor ela responder pois era uma visão diferente de quem viveu com ele.

- Chegamos – o piloto disse logo após pedindo para permanecermos sentados, nesse momento senti meu coração disparar, abro a janela e vejo Rio de Janeiro por cima, abro um sorriso bobo e olho para Luan, que aperta firme minhas mãos, como um sinal de carinho ou de segurança.

Descemos de mãos dadas, Giovanna foi na frente e Luan mostrou a ela onde estava nosso carro que ele havia alugado, no meio do caminho Luan morde minha orelha, bato nele de brincadeira e fomos rindo até lá, ele decidiu ir dirigindo para não causar tanto, ao virarmos a esquina de casa sinto meu coração disparar, Luan percebe então aperta minha mão forte, mostro para ele qual era a casa e ele estaciona na frente.

- Vou na frente e venho te chamar ta?

- Mas porque, vamos juntos.. – ele disse saindo do carro

- Ta bom mas sem agarramento, vamos pelo menos não preocupar ele logo.

Ao descer do carro vou na frente e quando ia tocar a companhia Daianne sai de dentro gritando e pulando em meu colo, Giovanna como era a única que sabia da minha doença ficou logo atrás pois ela sabe que estou fraca e que não ia agüentar Daí, mas o amor de irmã falou mais alto e abracei ela forte, logo atrás veio Ana e meu pai.

- Ana – disse abraçando – Como está esse bebezão?

- Ta quietinho aqui, apesar de chutar bastante – ela diz rindo

- Ta com quantos meses?

- 5 – ela dizia alisando a barriga, olho para o meu pai e dou um enorme sorrio

- Pai – disse tirando toda a atenção dele que estava sobre Luan – Que saudades – meu pai olha para mim e sorri, logo em seguida vindo me abraçar,  Giovanna estava logo atrás de mim fazendo tudo o que fazia, enquanto Luan estava parado perto do carro com as mãos no bolso – Ana, pai esse é o Luan – assim que disse Luan se aproxima e os cumprimenta

- Já houve falar muito de você – ele fala encarando Luan, fazendo ele ficar sem graça

- Claro né pai, cantor famoso quem nunca ouviu.. – tento quebrar o clima entre eles mas meu pai me interrompe

- Quero ouvir dele o que ele acha disso.. – ele olha para Luan, Luan olha para mim um olhar confiante e sorri.

- Acho tudo isso um sonho que ainda não acordei, tenho medo de um dia abrir os olhos e ver que estou na minha cama lá em Campo Grande , o amor das minhas fãs por mim faz aumentar ainda mais o meu por ela, e gostaria que o senhor tivesse ouvido falar bastante de mim de uma forma mais simples do que como foi..

- Muito bom, vamos entrar? – meu pai disse dando a mão para Ana e entrando, Giovanna e Daianne vão conversando na frente, olho para Luan e dou risada, ele aperta minha mão forte e solta pois ele me entedia muito bem e sabia que enquanto meu pai não soubesse da verdade eu não queria nada disso, ao entrarmos ele chama Luan para um canto, vou em direção a ele mas ele pede para mim ajudar Ana na cozinha, fico nervosa por ele e vou em direção a Ana.

- Quer ajuda?

- Ah que bom, preciso de alguém que saiba picar cebola – ela ri

- Como vocês fazem pra picar cebola quando eu não estou em casa em?

- Já que nossa picadora de cebola foi embora, colocamos uma na aula mas ela está péssima – ela ri, começo a picar a cebola, que estava forte e sem querer desce algumas lagrimas, coloco em uma vasilha e vou lavar minhas mãos, aproveitando para lavar um pouco da louça – Você e Luan estão juntos? – Ana diz quebrando o silencio.

- Ele me pediu em namoro no meio dos familiares dele, quer passar o natal comigo, mas não reatamos nada ainda – disse sem olhar para ela lavando um prato

- Estão esperando o sim do seu pai?

- Pois é! Será que vai ser difícil?

- Eu sei o que seu pai está fazendo com ele, se ele se sair bem vocês conseguem, e sua mãe?

- Passamos um final de semana com ela, foi maravilhoso – falo relembrando dos nossos momentos juntos na praia – Mas que jogo é esse? – digo abandonando a louça e olhando pra ela.

- Ah ele vai pedir para ele ler um trecho da bíblia e pedir sua interpretação, depois eles vão jogar sinuca, ele sabe?

- Acho que não

- Ótimo sinal – ela ri – Seu pai vai ensina-lo e ai vai perguntando coisas ao longo da partida, e observa-lo, segundo ele um homem diz tudo e se demonstra em uma partida de sinuca, nunca percebi nada mas isso é ótimo para ele.

- Nossa – digo com medo

- Fica calma, ele te ama, vi isso no olhar dele, ele vai se sair bem – ela disse se concentrando na comida, terminar a louça perguntei se ela queria alguma coisa mas ela respondeu que não então subi para conversar um pouco com Daianne, desci com Ana me chamando para comer.

Assim que desci, me sento em uma cadeira e vejo a porta da sala de jogos se abrindo, meu pai sai rindo e logo atrás dele Luan, ele se senta ao meu lado e meu pai na ponta da mesa, fizemos a oração e começamos a comer, quando meu pai quebra o silencio.

-Você realmente quer isso? – meu pai fala olhando para mim

- Mais que tudo – digo rindo tímida

- E você Luan?

- Com certeza.

Assim que todos terminaram, eu, meu pai e Luan ficamos na mesa, ele fazia perguntas e Luan se saia muito bem, eu estava muito nervosa e meu pai percebeu isso.

- Luan vou ser bem sincero com você, eu não gosto de você porque eu sei o que minha filha passou por sua causa e tenho medo de vê-la assim novamente.

- Foi um erro enorme mas foi pelo bem dela, eu não queria mentir assim, tinha medo do que ia acontecer..

- E agora você está com medo?

- Não, agora estou confiante, confio na Sara, acredito nela, assim que tivermos a sua permissão irei falar para todos sobre nós, mostrei que estou feliz ao lado de quem eu amo... – Luan fica um pouco nervoso, aperto forte suas mãos

- Vou te dar uma chance, mas cuidado, minha filha é tudo para mim

- E para mim também – Luan aperta mais forte ainda a minha mão – e pode confiar, jamais irei magoa-la.

- Bem vindo a família – meu pai disse cumprimentando.

Ficamos mais um pouco juntos, depois partimos para a chácara do Luan, no caminho Luan me contou tudo o que Ana havia me contado, recebi uma mensagem do pai dizendo que não confia do Luan mas que gostou muito dele, agora estamos na chácara do Luan, chegamos cedo e ainda não tem ninguém, Luan está no banho e estou aproveitando para contar tudo para você!  Me deseje sorte afinal é o resto da família do meu menino que irei conhecer.


Beijão Sara!


Olá meninas! 
Estou muito tempo sem postar né?
Bom estava sem inspiração ;x
Mas prometo voltar contudo..
Amanhã irei para Bolívia de mudança e tudo (mala e cuia huahsuaha)
Não sei quando irei ter internet novamente.. 
Por isso peço que vocês deixem o twitter aqui que assim que voltar minha internet e eu postar na fanfic eu vou avisando todos pelo twitter, se não tem twitter meu ASK e meu FACEBOOK estão ao lados (se for enviar convite por lá avisem pelos comentários)
Estou triste mas alegre, afinal é uma porta de abrindo e outra fechando né?!
Terei que ter muita sorte para poder ir a um show agora, mas está nas mãos de Deus..
Bom #parti #Bolivia #faculdade #vida #nova
Quem tem instagram me sigam lá: kellyane_
Sigo todos de volta..

FIQUEM COM DEUS ;* Kellyane

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

23/11/2011


23 de dezembro de 2011

Falta 5 dias para a entrega dos exames, e nesses dias parece que senti muita diferença em minha vida. Assim que saímos de Natal fomos para a fazenda de Luan gravar a suposta entrevista inventada por ele, depois ele me deixou em casa, passou o dia comigo pois tinha show no outro dia e depois partiu para sua vida maluca, me deixando novamente sozinha. 
Nesse tempo todo não tive muito tempo, o trabalho exigiu demais de mim, fiquei até com dó da Giovanna por ter deixado ela sozinha, mas ela arranjou um passa tempo trabalhando em um hospital próximo ao meu condomínio. Ontem acordei disposta a sair de casa, liguei para Luan que estava indo para a fazenda junto com sua família, depois de tanto chorar ele conseguiu me convencer de ir passar o natal com eles, mas antes ele gostaria de vim conhecer meu pai.

- Ah não amor, nós combinamos – ele dizia insistindo

- Mas a Giovanna, o Julio?

- Traz eles ué, a casa é grande você conhece

- Amor não é bem...

- É assim sim – ele continuava insistindo – olha eles vem conhecem minha família, e nós dois ficaremos juntinhos

- Vou falar com ela – falo derrotada

- Dia 23 passo ai para te pegar, mas antes de partirmos para Londrina vamos passar no Rio de Janeiro

- Algum compromisso?

- Sim conhecer o pai da minha gata – ele fala rindo

- Mas olha só – dou risada

- O pessoal ta me chamando, lá não pega celular então não poderemos nos falar

- Tudo bem, se divirta e se comporte

- Me espere, dia 23 cedinho estarei ai

- Sempre estou te esperando - desligo, escuto o barulho da porta, vejo Giovanna chegando – Onde estava?

- Fui caminhar um pouco

- Ótimo – falo pensando em sair, mas tinha medo dela negar por Julio não estar mais aqui

- Porque?

- Nada, em será que Julio é ciumento?

- Não

- Então vamos numa balada hoje? To afim de dançar, suar até o sol raiar – falo dançando

- Demorou – ela fala rindo – mas e o Luan?

- O que tem ele?

- Não vai achar ruim?

- Acho que não

- Vai ligar pra ele?

- Ele acabou de ir pro sitio, nem vai dar para mim falar com ele.

- Tudo bem

Nos arrumamos, coloquei um vestido preto, um pouco curto e com bastante brilho, um salto vermelho alto, Giovanna pôs uma saia preta de brilhos e uma blusa paete solta, arrumei seu cabelo, sempre gostava de arruma-lo, por causa de sua macies, e fiz sua maquiagem, soltei o meu e passei uma maquiagem discreta, pegamos nossas bolsas e partimos para balada.

Ao chegarmos lá não me sinto muito bem, assim que achamos um banquinho me sento e peço uma água, tentando disfarçar ao máximo coloco um comprimido na boca sem que Giovanna veja, depois que melhorei fui para a pista com ela

- Não vai beber?

- Daqui a pouco

- Nossa você não bebendo em uma balada, isso sim é novidade – ela ri, se jogando no ritmo da música, achei engraçado ver ela dançando comparando ao resto do pessoal da festa, de longe percebia que ela era uma gringa.

Deixo passar alguns minutos e peço duas bebidas, assim que dou uns gole tomo coragem e vou para a pista junto com Giovanna, quando sinto uma mão passando ao redor da minha cintura, me assusto e viro para ver quem era, mas não conhecia, ela um rapaz alto, parecia ser forte, olhos claros e cabelos escuro.

- Ta sozinha gata? – ele cochicha em meu ouvido quando Giovanna me olha assustada

- To com minha amiga – falo rindo tentando me livrar de seus braços mas ele não me deixa

- Precisa de outro companheiro?

- Não obrigada

- Que isso uma gata dessa precisa de proteção afinal... – não conseguia mais compreender o que ele falava, sua voz ia sumindo aos poucos e minhas vistas escurecendo.

- To bem assim – falo tentando me livrar de seus braços e correr dali

- Mas não parece – olho para ele que sorria, apresentava sinal de embriaguez, mas sua imagem vai sumindo, sinto meus olhos escurecem e minhas pernas ficarem bambas.

Acordo no leito de um hospital, me assusto ao abrir meus olhos e ver a forte luz sobre meus olhos, Giovanna estava ao meu lado parecia que tomava água e estava preocupada, olho para ela que vê que eu estava acordada e vem em minha direção

- Oi – falo sem graça

- Porque você não me falou que tomava esse remédio? – ela me mostra uma caixinha – Jamais iria deixar você beber, quer se matar?

- Desculpe – começo a chorar e não sei porque

- O que ta acontecendo amiga? Sabe o quanto esse remédio é forte? Quem te receitou ele?

- Foi minha médica – respondo ignorando as outras perguntas

- Mas o que você tem?

- Não quero falar disso

- Ah mas vai falar – ela diz se estressando olhando no fundo dos meus olhos

- To com medo – falo e logo após começo a chorar

- Medo de que? Ei to aqui pode falar

- Não quero falar sobre isso – viro o rosto, e assim permanecemos em um silencio constrangedor durante a maior parte do tempo – vai demorar para mim sair daqui?

- Assim que o soro acabar, falta uma meio hora.

- Vou dormir ta? To cansada

- É o efeito dos remédios – ela fala calma – durma e pensa bem no que conversamos, sou sua amiga só quero seu bem

Viro o rosto, tento dormir mas não conseguia, não sei se tirei uns cochilos, devo ter tirado, mas assim que pude me virei e chamei Giovanna que estava concentrada na Tv sentada em um pequeno banco próximo a mim.

- Promete não contar a ninguém?

- Palavra de melhor amiga

- Por favor, é serio, não quero que ninguém saiba agora, ninguém mesmo

- Pode confiar

- Sigilo total?

- Claro.

- To doente – falo olhando para baixo – muito doente

- Tipo?

- Câncer – começo a chorar novamente, olho para ela que estava com cara de assustada – não sei o tipo, dia 28 chega o resultado dos exames ai sim entrarei em mais detalhes

- E não ia contar a ninguém? E dia 28 irei contigo viu

- Não enquanto eu não soubesse de tudo, tudo bem pode vim, será bom

- Amiga isso é serio, não se deve esconder  ... – olho para ela e ela entende o recado – mas prometo não contar a ninguém, você sabe o dia certo para isso – ela fala me abraçando

- Obrigada, não conte para ninguem por favor, nem pro Luan

- Dei minha palavra não dei?

Dou novamente um forte abraço nela, e voltei a cochilar, depois voltamos para casa, peço desculpas a ela pela maneira que a nossa noite terminou mas ela não pareceu nem ligar, fez algo para a gente comer e depois assistimos um filme juntas. Bom Kitty estou aqui escrevendo e escutei a porta abrindo e junto com ela a doce e calma voz do meu menino, Luan chegou e estou com medo do que vai acontecer, qual será a reação do meu pai sendo que a ultima vez que falamos sobre isso a conversa não foi muito boa? Vou indo e em breve escrevo.

Beijão! Sara


To demorando pra postar né?
Desculpem mas sabe como é ;x
Bom e ai como será esse encontro em?
Posto depois de 6 comentários ok?

Fiquem com Deus e SUPER desculpe a demora ;* Kellyane

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

07/12/2011


07 de dezembro de 2011

Acordei primeiro que todos, Luan me abraçava mas ao tentar sair ele me solta, pergunta o que houve com os olhos ainda fechados, disse que ia buscar água, mas ao chegar na cozinha, olho para fora através da janela que tinha ao lado da porta, e sinto uma forte vontade de ir caminhar na areia do mar.

Descalça e apenas com roupa de dormir, saio com uma xícara de chocolate quente nas mãos, e caminho lentamente até o mar, que estava calmo, esperando o sol chegar para agitar suas partículas e logo começar a receber turistas, olho para o céu e vejo uma única estrela brilhando, abro um enorme sorriso ao ver, dou um gole no meu chocolate.

- Oi vovó – digo rindo olhando para a estrela – Sei que a senhora está aqui, queria tanto poder te abraçar, sinto tanto sua falta, mas sei que está aqui me ajudando – me sento na areia, enquanto vinha e voltava a água salgada do mar que molhava meus pés, continuo olhando para a pequena estrela que ficava cada vez maior com o seu brilho – a senhora sabe de tudo né? Sabe o que eu tenho, sabe o que eu penso, mas eu gostaria muito de saber o que fazer, estou desesperada vó, quero voltar no tempo, quero nunca ter essa doença – começo a chorar – vó foi essa doença que a matou? Por isso que a senhora vivia no hospital? A senhora teve medo de me contar foi? Está com o mesmo medo que eu estou agora? – conversava como se ela estivesse ao meu lado, de repente sinto um vento gelado vindo em minha direção, balançando meus cabelos e fazendo a fumaça do meu chocolate quente sumir, junto com um pouco da areia que veio junto – eu conto para ele? E se ele não quiser mais ficar comigo por causa disso? E se eu atrapalhar sua vida? Vó o que eu tenho? Irei viver mais quanto tempo? – dou o ultimo gole no chocolate, e resolvo ir mergulhar, sem tirar a roupa coloco a caneca ao lado e mergulho, vendo o nascer do sol dentro do mar, me deixo levar por suas ondas, e quando menos imagino estava de volta a praia, olho para a velha casa que estávamos e vejo Luan parado de braços cruzados, ele entra, então fico em pé esperando o que ele estava fazendo, quando ele volta com uma toalha e nossos chinelos.

- Você disse que ia tomar água, demorou demais pra voltar e vim te procurar – ele falava me enrolando na toalha, não sei o que senti na hora, mas me solto em seus braços e começo a chorar, com vontade de contar tudo a ele mas sem coragem – ei o que houve? – ele falava me abraçando mais forte ainda, nada digo apenas balanço minha cabeça com sinal de negatividade – é sobre aquilo que você queria me falar? – concordo com a cabeça, Luan pega a ponta da toalha e começa a secar meu corpo – quer falar agora? – nego mas não pronuncio nenhum som – quando se sentir preparada é só me chamar ta? – o abraço mais forte, Luan aperta a minha mão e aponta para uma pedra a uma distancia de nós – vamos nos sentar lá?

De mãos dadas começamos a caminhar pela praia, Luan me contava um pouco da sua infância, eu permanecia a maior parte em silencio. Luan sempre tentando me fazer rir, contribuía suas ações mas ele percebia que os sorrisos não eram totalmente verdadeiros.

- Ei – ele disse me abraçando mais ainda – lembra aquela vez que voltamos a nos falar e fizemos uma música? Terminei ela

- Sério?

- Uhum, quer ouvir?

- Claro

- Eu vou pedir ao sol pra iluminar... – Luan canta toda a música, praticamente sussurrando em meu ouvido – .. é incondicional, você tem a forma exata pra me prender, em você – ele fala, e ao terminar a frase da uma leve mordida na ponta da minha orelha, me arrepio toda ele percebe e ri – Tem cócegas é amor? Ei mas tenho que te pedir uma coisa

- O que amor?

- Sigilo na música, sabe como é né?

- Claro – falo rindo, olhando para ele e lhe beijando – Falando em segredo, quando sairemos do segredo para o mundo inteiro?

- Quando eu conhecer seu pai – ele fala rindo

- Verdade, tem a fera ainda – falo rindo

- É tão bom te ver sorrindo – ele olha em meus olhos – o que está te incomodando?

- Luan – falo com a voz decepcionada

- Tudo bem.

Minha mãe nos chama, fomos até a pequena e velha casa, como faltava alimentos precisávamos ir ao mercado, depois de tanto insistir consegui ir sozinha, aproveitei e passei para tirar copia da chave da antiga fazendo da minha avó, quando chegava escuto meu celular tocando.

- Sara – falo sem olhar quem era

- Onde você ta menina? – percebo a voz era Giovanna

- Em Natal

- Onde?

- Natal – falo rindo – surpresa né?

- Mas como tu foi parar ai?

- Luan

- Tinha que ser

- Vem pra cá

- Só eu?

- Não né, você e o Julio, falando nisso você deve me contar algo né?

- Como você sabe – percebo a animação em sua voz

- Tenho meus contatos – falo rindo – E ai vai vim?

- Onde vocês estão?

- Estamos na casa de praia da minha mãe – dou o endereço correto para ela

- Faremos o possível para ir

- Eu e o Luan esperamos vocês

Ao chegar, vejo Luan e minha mãe jogando baralho, dou risada ao ver minha mãe tentando ensinar ele, consigo devolver a chave ao molho sem que minha mãe perceba que eu peguei, depois fui para a cozinha, não demorou muito Luan chegou para me mimar, depois do almoço saímos juntos para andar pela praia, e ao voltarmos fomos nos deitar, fomos acordados com a voz de Giovanna me chamando, depois de apresenta-la a minha mãe, Luan acordou e saímos os 4 para a praia, fizemos uma fogueira, Luan havia levado meu violão então ele e Julio ficaram cantando algumas modas, era engraçado ouvir Julio contando com aquele sotaque americano.Luan e Julio se intimidaram no começo mas não demorou muito para se soltarem e fechamos nosso dia com música, Giovanna me contando os detalhes de como ele pediu ela em namoro, Luan me mimando e me enchendo de beijos, e com as historias de terror da minha mãe. Tudo o que eu precisava para poder esquecer um pouco do que estou vivendo.

Meninas to meio sem inspiração
acho que é por causa da mudança e ta me deixando meio desanimada
mas to me esforçando,
sei que não ta ficando bom mas to tentando ta?
Por favor comentem e desculpe-me pela demora.
Fiquem com Deus ;* Kellyane

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

06/12/2011 - Parte 2


- Luan eu ... – estava sem palavras – não acredito! – dizia surpresa ao reconhecer onde estávamos, em Natal em frente a casa que fui criada e que minha mãe mora atualmente, estava surpresa ao ver como o tempo favoreceu aquela nossa velha casa, as flores que vovó cuidava estavam ainda mais belas, e a fachada da casa parecia ter passado por uma reforma, mas mesmo assim ainda me traziam vários flash da minha infância em minha mente, Luan me abraça por trás e beija meu cabelo, enquanto eu ainda estava boquiaberta, olho para ele sem saber o que falar, dou um beijo quente e inoscente nele quando escuto o portão da casa gemendo, viro curiosa para ver quem era quando vejo minha mãe, ela arrumava a blusa, estava com o cabelo solto, aqueles cabelos pretos e longos que puxei dela, e junto com os olhos azul, sem palavras corro em sua direção e laço seus braços sem querer solta-la jamais, involuntariamente deixo algumas lagrimas escorrerem em meus olhos – que saudades – digo em braço enquanto ela me enchia de beijos, abraços fortes, apesar de várias lagrimas que escorria em seu rosto.

Luan nos observava de longe com um enorme sorriso no rosto, olho para ele agradecendo por tudo apenas com um olhar e ele sorriu agradecendo, minha mãe olha para ele e vai em sua direção passando os braços ao seu redor e lhe dando um enorme abraço.

- Obrigada – ela diz para ele

- Não tem nada que agradecer, ver a Sara feliz já me deixa muito melhor – ele fala soltando seus braços dela, minha mãe olha na minha direção e me abraça novamente

- Como você está linda filha – ela fala passando as costas da sua mão em meu rosto – esse olhar, esse sorriso ninguém pode tirar de você minha pequena – ela fala ainda me fazendo carinho – e o destino foi generoso para você

- Você também mãe, está mais bela a cada dia que passa – falo enquanto ela me admirava

- Vamos entrar? – ela olha para Luan que pega nossas malas e entra nos seguindo, ao entrar vejo que nada mudou, os moveis, os objetos e a cor da casa ainda estavam do mesmo jeito que antes da minha vó falecer, ela nos guia até meu quarto, me surpreendo ao entrar lá, sentia saudades do meu cantinho, do meu colchão e da parede pintada por mim e minha vó a anos atrás 
– Tudo bem vocês dormirem juntos? – ela fala e Luan olha para mim e sorri

- O certo seria a gente pergunta isso mãe

- Verdade, mas é que estou um pouco nervosa

- Porque?

- É estranho .. – ela fala confusa,parecia estar buscando as palavras ideais para não constranger ninguém

- É por causa do Luan? – falo rindo

- É mais ou menos isso

- Que isso senhora Lívia, sou uma pessoa como todos vocês, não precisa se incomodar não

- Não se preocupe que já me acostumo e pode só me chamar de Lívia

- Tudo bem

- Mãe – falo abraçando ela por trás – Você  vai fazer aquele purê de batata e aquela farofinha que só a senhora sabe fazer?

- Claro, já está no fogo.

Depois do almoço ajudo minha mãe a organizar a cozinha enquanto Luan falava com o seu empresário, depois ela vai se deitar e nós dois subimos.

- Que foi? – digo após perceber a mudança de Luan

- Nada demais, problema com o trabalho

- O que houve?

- Não sei muito bem, só sei que Dagmar saiu da equipe.

- Nossa! – falo surpresa

- Amor – Luan dizia acariciando meu rosto

- Oi?

- Olha pra mim – ele fala me encarando. Olho para ele e ao ver seus olhos castanhos queimando o azul do meu sinto meu coração disparando, ele me dá um selinho e brinca com os meus cabelos – eu te amo – ele cochicha em meu ouvido, nada faço apenas continuo beijando-o - Você tocava violão – ele diz enquanto observava meu quarto

- A muito tempo atrás resolvi fazer aula, mas desisti – digo rindo

- Posso pegar?

- Claro porque não?

- Porque morro de ciúmes do meu – ele ri, se levanta e pega meu violão com a capa empoeirada, ele tira da capa e vejo como meu violão estava novo, lembro do dia em que cheguei em casa e vejo meu violão sobre o sofá e minha vó rindo ao ver minha felicidades, observo Luan que começa a afinar ele, e depois a tocar alguma música, mas não reconheço qual.

- Luan, quando eu digo que te amo acho que estou mentindo – falo de cabeça baixa

- Porque?

- Porque não é exatamente isso que eu sinto, sinto algo mais, eu te amo é o que as pessoas falam mas não é essa palavra que eu quero usar, é como se eu vivesse dentro de você e você dentro de mim, é como se eu dependesse somente de você para poder sorrir, não sei explicar ... – sou interrompida por um beijo

- Shii – ele fala colocando o dedo indicador sobre meus lábios – sinto o mesmo – Luan novamente me beija.

- Preciso de contar uma coisa – digo juntando forças para contar a ele tudo o que estava acontecendo

- O que?

- Preciso te contar mas estou com medo

- É algo grave?

- É, não sei – falo confusa

- Quer falar sobre isso?

- Quero mas não, to com medo – falo tristonha

- Então quando estiver pronta é só me chamar, eu não posso estar ao seu lado mas atenderei na primeira ligação.

- Obrigada – falo indo para seus braços

Luan começa a tocar algumas modas no violão, enquanto eu estava deitada em seu colo, quando menos percebi acabei adormecendo ao som de sua voz, e despertando sozinha no quarto. Procuro por Luan mas não acho, continuando andando quando escuto risadas vindo da área de lazer, vejo minha mãe sentada e Luan tocando violão, algumas modas enquanto minha mãe tentava descobrir que música era.

- Olha quem acordou – Luan fala rindo ao me ver se aproximando – achei que ia dormir a tarde toda.

- Nem sei porque dormir – digo rindo dando um abraço em minha mãe

- Vamos a praia hoje a noite? – minha mãe sugere

- Por mim tudo bem, mas Luan sem segurança

- Você se esqueceu? – ela olha para mim

- Acho que sim – falo rindo

-Era sua praia preferida, você gostava dela porque é isolada.

- Meu Deus – falo surpresa – mas é meio longe

- Tudo bem – ela se levanta e pega as chaves – eu dirijo.

Subimos para arrumar as coisas, Luan toda hora me fazia rir e eu olhava para ele tentando descobrir uma maneira certa de contar para ele a verdade, depois minha mãe assumiu o volante, Luan foi na parte da frente, e eu me sentei atrás no meio dos dois bancos, fomos conversando até chegar a isolada casa da praia, quando minha mãe pega a chave vejo que tinha uma chave a mais, fico prestando atenção e quando ela se afasta me assusto ao reconhecer aquela chave, do sitio da minha vó.

- Mãe o que houve com o sitio da vó – falo encarando o molho de chave

- Pensei em vender, lembra que estava quase vendido quando você me ligou, mas desisti – ela fala entrando, sem que ela veja pego a chave do sitio e guardo em meu bolso.

Terminamos nossa noite a luz de uma fogueira e do luar, no meio de uma praia deserta, a voz do Luan tomava conta, seguido de risadas e gargalhada, observava aquele momento e pensava quando contar tudo a verdade, será que vai ser assim? Risadas alta, música a luz do Luan e ao som do mar irá acontecer mais vezes?